Qual foi...

...o último som que você ouviu ontem??

Musicalidade: um atributo humano


por Marcelo S. Petraglia

(Publicado originalmente no Boletim da Sociedade Antroposófica no Brasil N. 70 / 2013)

Reconhece-se que o fazer musical é inerente à espécie humana. A história e mesmo a arqueologia mostram que música esteve presente na humanidade desde épocas imemoriais. Ela teve e continua tendo, um papel de destaque na expressão de nossos pensamentos, sentimentos e ações. Atualmente pode-se dizer que todas as culturas fazem música e que seus membros se expressam musicalmente, seja de forma rudimentar ou altamente sofisticada. Todavia a seguinte citação, contundente e provocativa, do poeta e cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe, nos coloca diante de uma situação delicada: “Quem a música não ama, não merece ser chamado de ser humano. Quem apenas ama, é um meio ser humano. Mas quem a música faz, é um ser humano completo” (GOETHE. J. W. 1985).
Se fazer música, no sentido que normalmente se entende por isso (cantar, tocar um instrumento, participar de um coro, orquestra, compor e assim por diante), é o que caracteriza a condição plena de um ser humano, se deveria designar uma outra espécie para todos aqueles que não participam da categoria “músicos”. Sem dúvida isto seria absurdo, considerando tudo aquilo que, de modo amplo, constitui e caracteriza um ser humano. Todavia, a citação acima pode ter um outro sentido se a tomarmos como descrição de um processo: as etapas de um caminho de humanização. Este pensamento pressupõe um ser humano “não acabado”, sempre em desenvolvimento e em constante busca da realização de sua essência. E esta essência, segundo Goethe, parece estar intimamente ligada à arte musical. Para abrir e aprofundar esta reflexão poderíamos perguntar: pode alguém não amar a música? o que é amar a música? o que é realmente fazer música? E por fim: se somos todos seres humanos, pode haver um ser humano “não músico”?

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na postagem original:
http://www.ouvirativo.com.br/?p=4107


Operação combate a poluição sonora em Fortaleza

http://globotv.globo.com/tv-verdes-mares/cetv-1a-edicao-fortaleza/v/operacao-combate-a-poluicao-sonora-em-fortaleza/2930046/

FEIRA DA PARANGABA, Fortaleza - CE, 2011


http://www.youtube.com/watch?v=WVnEp-MNyAU&feature=youtu.be

A proposta do blog: Ouça!

Não existem estudos suficientes que  contemplem a importância socio-cultural da paisagem sonora.
Principalmente estudos interdiciplinares que  criem diálogos unificados com sinergia necessária para equilibrara o ambiente sonoro moderno em níveis habitáveis. 
Em outras palavras: Não existe atores sociais o suficiente pensando e  trabalhando na redução dos efeitos nocivos causados pela ação do ruído. Músicos, compositores, arquitetos, ambientalistas e outros estão entre as profissões e funções de interesse direto na saúde do ambiente acústico e deveriam dialogar mais diretamente sobre um plano de interesse coletivo da produção, prevenção e redução de ruídos.
Sendo assim, pesquisar sobre sons, mais do que outros tipos de estudo, é como catar conchas entre pedras: cata uma aqui, outra ali, junta numa pedra grande, cata mais ali, mais outra acolá.
Assim feito, catando sons escritos aqui, sons impressos ali,  estão sendo reunidos materiais de pesquisa que contemplam matérias jornalísticas sobre poluição e paisagem sonora, dissertações de mestrado sobre atuação do ruído em segmentos da cidade, textos diversos e fotoreferência sobre a história da cidade e seus sons. Também sendo realizado diversos registros sonoros em dispositvos digitais como proposta de resgate de memórias e registro de marcos sonoros da cidade que tendem e desaparecer.
E a idéia de se fazer um espaço virtual sobre o assunto é de chamar mais atores sociais para se apropriarem da idéia de interferir positivamente na paisagem sonora auxiliando, assim. aos outros interessados na medida em que já reuni diversas plataformas de informação sobre o assunto, facilita o formento de relexões e apresentando seus próprios ensaios.
Como várias conchas juntas em uma grande pedra.
 

Thiago Nascimento

Fortaleza/CE – CPMA intensifica fiscalização à poluição sonora

extraido de: http://fiscalambiental.wordpress.com/2013/10/26/fortalezace-cpma-intensifica-fiscalizacao-a-poluicao-sonora/

A operação ocorreu no último final de semana em diversos bairros da capital.
CPMA intensifica fiscalização à poluição sonora em Fortaleza Operação intensifica a fiscalização contra abusos sonoros.
A Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), juntamente com a SEMAM (Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano) e AMC (Autarquia Municipal de Trânsito), realizaram, no último final de semana, Operação de Enfrentamento à Perturbação ao Sossego Alheio nos bares, restaurantes e postos de gasolina em diversos bairros da periferia da cidade.
Durante à operação, quatro pessoas foram conduzidas à delegacia e tiveram os seus veículos e aparelhos sonoros apreendidos. Os proprietários dos carros e sons foram submetidos a Termos Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por perturbação ao sossego alheio, conforme art. 42, III, da Lei das Contravenções Penais, em virtude de terem utilizado o volume do som acima de 60 dB(A), proibido para o horário das 22h às 06h.
Ainda na operação, mais de dez veículos foram multados pela AMC por estarem infringindo as leis de trânsito, principalmente quanto a estacionar em cima de calçada. As abordagens e apreensões dos aparelhos de som ocorreram nos bairros Edson Queiroz, Luciano Cavalcante, Cidade dos Funcionários, Aeroporto, Fátima, São Gerardo, Antônio Bezerra, Barra do Ceará, Cocó e Beira-Mar.
Em um dos pontos de Blitz, na Av. Bezerra de Meneses, no Bairro Parquelândia, foi encontrado uma grande concentração de pessoas, venda de bebida alcoólica e veículos parados com som em alto volume, resultando também em condução e apreensão de aparelhos de som.
Segundo o Tenente Coronel John Roosevelt Rogério de Alencar, Comandante da CPMA, esse tipo de operação continuará a ser realizada em outros bairros da capital, já visando a fiscalização para o período de Carnaval.

Assessoria de Comunicação Social da PMCE
policiamilitar5emg@gmail.com

Estudo alerta sobre poluição sonora em áreas de Fortaleza

Parte de Messejana, Maraponga e a Vila Manoel Sátiro, próxima às estações de metrô, são pontos apontados
A Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) atualizou a Carta Acústica de Fortaleza. Os novos estudos do monitoramento dos indicadores sonoros da Cidade foram apresentados, ontem, no auditório do órgão, por Francisco Aurélio Chaves Brito, responsável pela elaboração do estudo.

A nova análise, apresentada ontem na Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), traz um acompanhamento dos ruídos ambientais no entorno do Aeroporto, local apontado como área com altos índices de ruído

A nova análise traz um acompanhamento dos ruídos ambientais no entorno do Aeroporto Internacional Pinto Martins - local apontado como área com altos índices de ruído - buscando caracterizar o cenário acústico e avaliar a contribuição dos diversos tipos de fontes sonoras. Segundo Francisco Aurélio, o documento permite que a Prefeitura de Fortaleza avalie o impacto e os riscos que estes ruídos representam, além de estabelecer objetivos para o controle de ruído.

Tanto o centro de Messejana quanto o terminal do bairro, assim como a Maraponga e a Vila Manoel Sátiro, próximo às estações de metrô, foram pontos apresentados no estudo como regiões barulhentas e com maior índice de ruídos na Capital.

ConsequênciasO coordenador também lembrou o respeito ao equilíbrio da saúde da população, considerando as observações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual indica algumas consequências advindas da exposição a ruídos como hipertensão e problemas cardiovasculares. "A Carta é uma ferramenta que auxiliará nas estratégias traçadas para a atuação do poder público no controle destas situações", explica Aurélio.

Ainda em fase de validação, a Carta Acústica já conta com mapas que representam mais de 40% da Cidade. A ideia é que a partir do documento seja possível identificar por meio de seus mapas e cores os pontos onde os ruídos são mais ou menos constantes e quais os tipos de fontes desses barulhos, como os aéreos, os de trânsito e os de equipamentos de som.

Em setembro de 2012, um documento apresentado no I Congresso Nacional Multidisciplinar de Ruído Ambiental Urbano e Ruído Aérea apontou as proximidades do Aeroporto Internacional Pinto Martins, o Centro Dragão do Mar, assim como a Avenida Godofredo Maciel, na Maraponga, como áreas de altos índices de ruídos.

FIQUE POR DENTROLei Municipal estabelece os limites de sons
O artigo 2º da Lei Municipal 8.097/97 define o nível de pressão sonora máximo de 55 decibéis (dBA), de 7h às 18h, e 50 dBA entre 18h e 7h, para ruídos oriundos de máquinas e motores.

Além disso, para o horário de 6h às 22h, o artigo 3º determina o nível de pressão sonora máximo de 70dBA e 60 dBA, no horário de 22h às 6h, para aferições no logradouro de sons oriundos de equipamentos com amplificação e eventos com grupos musicais.

O horário máximo para realização de eventos em áreas públicas é as 2h, de acordo com a legislação.

Mais informações
A população pode acessar as informações por meio do site http://cartaacusticadefortaleza.com/

WILTON RODRIGUESREDAÇÃO WEB

Originalmente publicado em:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1324642